sexta-feira, 26 de julho de 2013

Ainda sobre Caráter


 


    “Se não chegarmos a triunfar não nos resta mais nada a não ser arrastar conosco metade do mundo nesse desastre.”

     (Hitler)



  Texto Base


  Gostei de ler Hitler, ele é mais um caso que coloca em xeque a teoria que o acumulo de conhecimento pode por si só transformar um homem em uma “pessoa melhor”.

  “Eduquem as crianças e não precisarão punir os homens.”

  Pessoa com “mau caráter", ao adquirir conhecimento se torna mais destrutiva sendo necessário leis ainda mais severas, uma polícia mais preparada e punições duras.

  Educação vem da família, pais honestos "deveriam" ter filhos honestos.

  O marginal com pouco conhecimento ao se ver sem saída não terá pudores em pega-lo como refém, se não tiver sucesso vai arrastar você com ele para o desastre.
  Tal qual Hitler com todo seu conhecimento faria.

  Podemos observar essa ocorrência em inúmeros acontecimentos da vida.
  Lembram o caso Pimenta Neves?
  Claro que ele gostava demais da Sandra Gomide, não suportava ficar longe da sua companhia, mas ao perceber que não teria jeito de ficar com a moça não se importou nem com seu próprio desastre.
  Pimenta Neves era um erudito, há inúmeros semianalfabetos que jamais reagiriam assassinando a mulher que rompesse o relacionamento.
  Não é da personalidade, caráter, deles.

  Pimenta Neves sem educação, conhecimento, seria um sujeito pior?
  O que é pior que cometer assassinato?
  Torturar a vítima antes?

  As coisas não são tão simples.
  Um ladrão não tem necessariamente natureza assassina, aquele tipo de pessoa que por vezes até gosta de matar.
  O objetivo do individuo é só roubar, mas pode matar "se" a situação exigir.

  Um assassino não é necessariamente ladrão ou torturador.
  Matadores de aluguel, em geral não tem por objetivo roubar.

  Quero dizer que não dá para afirmar que Pimenta se tornaria um criminoso de maior periculosidade devido à falta de estudo.
  Não temos noticia dele ter matado outra pessoa, se não fosse perder a cabeça por uma paixão continuaria um "cidadão de bem" proeminente em nossa sociedade.

   Sabemos que nascer em condições precárias pode "incentivar" o indivíduo a cometer delitos, mas mesmo dificuldades financeiras e até alimentares não determinam que alguém vire ladrão.
  Senão toda pessoa em grave situação econômica iria para o crime.
  Mais uma vez estamos falando de caráter, personalidade, natureza.

  O que vou escrever agora é um tanto complexo.
  A princípio não tenho "ódio" do marginal, até lamento sua situação.

  Nascemos com certas predisposições genéticas não escolhemos o que sentir.

  Exemplo:
  A maioria de nós valoriza bastante outra vida humana é o natural, é o que mais acontece, por isso a dificuldade em matar.
  Temos até "empatia" com outro corpo humano, se vemos alguém ser cortado imaginamos isso em nós ... pelo menos é assim comigo

  E se o indivíduo nasce com pouca empatia?
  Dependendo da situação, ambiente, que estiver pode matar por qualquer coisa.
  Evidente que ele não tem culpa de ter nascido com essa natureza.
  No entanto terá que aprender a se controlar ou arcar com as consequenciais.

  Não escolhemos o que sentir, mas escolhemos como agir.

  


   Sentir vontade de roubar não impede ninguém de entender que roubar é errado.

 

     


   “Ávido LEITOR, Marcola do PCC gosta de indicar aos amigos de cárcere a leitura de "A Arte da Guerra", livro escrito há mais de 2.500 anos pelo filósofo chinês Sun Tzu.”


(Folha)

   

  





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