terça-feira, 20 de agosto de 2013

Sobre Juventude

 “A juventude é uma coisa maravilhosa.
  Que pena desperdiçá-la em jovens.”
 [Bernard Shaw]

  Shaw foi um pensador “amargo”, não consigo entrar em sintonia com esses pensadores “socialistas”, mas não devemos ler apenas pensadores os quais somos simpáticos, um livre pensador não deve se limitar a isso.

  Mesmo quando em linhas gerais tenho uma visão diferente de algum pensador isso não quer dizer que discordemos em tudo ou que não encontre na sua obra provocações interessantes.
  Bernard Shaw foi um pensador que gostei muito de ler.
 
 “A juventude é uma coisa maravilhosa.
  Que pena desperdiçá-la em jovens.”

  Nosso corpo é tão cheio de energia quando jovem, porem somos tão inexperientes em tudo, tão dependentes da opinião dos outros, desperdiçamos tanta energia com idiotices.
  Já houve quem propusesse que nascêssemos velhos e a medida que fossemos ganhando experiência e conhecimento rejuvenescêssemos.
  Como não conheço nenhum ser da natureza que tenha como característica um processo desse, considero um delírio ou apenas licenciosidade poética.

  Sejamos diferentes de Shaw, deixemos o amargor de lado e vejamos o que é possível fazer com o que temos, sem delírios ou romantismo que entrem em descompasso com a realidade.

  Quando jovens devemos tentar buscar experiência e conhecimento o mais rápido possível.

  Minha dica é que leia bastante (para quem gosta) ou veja filmes (pode ser novela também).

  Antes de ser empurrado para parte pratica da vida (ficar adulto) é eficiente ter boa base teórica.
 
  O cinema e o teatro fazem com que vejamos a vida pelos mais variados ângulos, como se vivêssemos várias vidas, você não precisa ser ator apenas mentalmente se coloque no lugar do personagem, o que você faria naquela situação apresentada na peça ou no filme?

  Desde cedo apreciava muito ler, peguei muito gosto para ver filmes e por um tempo novelas.
  Com 18 anos já havia lido e relido a Bíblia.
  Com 20 não tinha nenhum pensador “importante” na humanidade que não tivesse estudado.
  Sobre teatro ... não tenho referências, talvez por minha situação econômica.
  Livros eu pegava de graça nas bibliotecas, filmes via na TV, o cinema historicamente é mais barato que teatro, quando conseguia algum dinheiro a melhor opção era cinema.

  A “pobreza” me obrigou a um contato muito mais intenso com a leitura.
  As TVs em casa eram horríveis de segunda ou terceira mão.
  A primeira TV “zero” que entrou em casa fui eu que comprei.
  Como se não bastasse, o quintal da minha vó era uma área de “sombra de sinal”, mesmo com TV nova a recepção era ruim, pegava um canal bem ... a tv Cultura 😩.
  Outros não pegavam ou eram cheios de “fantasmas” (imagens distorcidas).

  O jeito era passar na biblioteca e pegar livros, muitos livros.
  Lendo os maiores pensadores que já passaram pela humanidade, minha mente estava incrivelmente “velha” no sentido de acumulo de conhecimento em um corpo “jovem” no sentido biológico mesmo.

  Sei que deve estar pensando:

 🙎 “Grande coisa, você não é grande coisa.”

  Concordo, mas aposto que sem os conhecimentos adquiridos seria algo menor ainda, poderia estar usando orgulhosamente uma camiseta do Che ou do Mao.
   Cruz credo, pé de pato bangalô 3 vezes 😄.

  Sem essa visão ampla da humanidade poderia ser muito amargo e vitimista.

  




Nota: Tomem cuidado com filmes, não se esqueçam que são obras de diretores.
  Mais tarde entendi que “artistas” em geral tem uma visão romântica/poética da vida.
  Isso “contamina” nossa racionalidade.
  O meio artístico é mais “licencioso” com relação a drogas, promiscuidade, “quebrar regras”, mudar tudo isso que está aí ... não se esqueçam que a essência da arte é a emoção não a razão.
  









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