segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Direito a Felicidade

  “O nosso direito de consumir felicidade sem produzi-la não é maior do que o de consumir riquezas sem produzi-las.”
 [Bernard Shaw]

  Carregamos “tradicionalmente” essa teoria da COMPENSAÇÃO em nossas mentes.

  Já meditou sobre ela?

  Minhas filhas consomem muito sem produzir nada.
  (11 e 13 anos na feitura desse texto)
  Quem lhes negaria esse “direito”?

  Não tenho grandes posses, se elas quiserem alçar voos maiores terão que produzir por conta própria.
  Mas vamos supor que eu pudesse garantir tudo que elas consomem ou desejem consumir sem que precisem produzir, elas teriam menos direito as alegrias ou aos produtos que usam?

  Se o Acaso ou Deus favoreceram minhas filhas porque elas deveriam se sentir culpadas de algo!?

  Como se tivesse alguma “divida” com quem produz ou com quem é mais pobre.
  Se minha filha pagou pela roupa que usou, sua dívida com o produtor não existe, a matemática é implacável, se eu pago quito a dívida.

  Tem uma frase mais ou menos assim:

  “Quer saber o que Deus pensa sobre dinheiro?
   Olhe para as pessoas que ele permite que tenham.”


  Se Paris Hilton tem dinheiro sem produzir nada, sorte dela!
  Reclamem com Deus ou maldigam o Acaso.
  Não vejo uma RAZÃO para odiar ou desprezar Paris Hilton que não seja INVEJA.
  

  Há quem diga que para Paris ser muito rica outros precisam ser muito pobres, a tal teoria da compensação.
  Gostaria que alguém me dissesse como a riqueza de Paris produz pobreza na Somália. 
  Há pessoas muito ricas na Somália então se o dinheiro está lá na mão de poucos que culpa tem o cidadão que mora aqui no Morumbi em SP?
  O Abílio Diniz é muito rico porque tem gente muito pobre no morro Dona Marta!?

  Entendam que a riqueza do Abílio ou dos Hilton NÃO me desfavorece

  São Empresas respeitadoras das leis, pagadoras de impostos, eu posso trabalhar nelas e garantir um sustento digno para minha família.
  Posso estudar, encontrar algo que tenha aptidão e se Deus/Acaso me favorecerem posso até ficar tão rico quanto eles.

  Se eu nasci em situação paupérrima na Somália ou no Dona Marta seria LÓGICO culpar meus pais que poderiam no mínimo ter me abortado ou de preferência terem feito sexo com responsabilidade me poupando de uma vida dura cheia de sofrimento.

   Se eu acredito em Deus então seria LÓGICO culpa-lo, pois se ele quisesse poderia me fazer nascer rico na Holanda.

  Para culpar o Acaso não dá, só poderia maldize-lo.

  Não entendo ter ódio do Abílio Diniz ou de seus filhos como se eles estivessem dilapidando nossa sociedade!

  Porque Paris Hilton não tem direito a suas alegrias!?
  Se seus familiares foram eficientes em construir um grande negócio porque ela deveria se envergonhar disso?
   Se meu pai me tivesse deixado uma grande herança seria motivo de muita satisfação.

  Colocar a riqueza da Europa como culpada da pobreza na África não resiste ao “bom senso”.

  A “proposta filosófica” é tão tosca que ela mesma se fere de morte, veja como:

     “O nosso direito de consumir felicidade sem produzi-la não é maior do que o de consumir riquezas sem produzi-las.”

  Se alemães através de donativos mandarem suas riqueza para Somália, os somalis estarão recebendo uma riqueza que não produziram.
  Que direito eles teriam em consumir alegrias produzidas por alemães?

  Se africanos são irresponsáveis com suas riquezas naturais imaginem com as que vierem da “fraternidade”.

  Se eu dividir tudo que tenho com os mais pobres serei só mais um pobre na face da Terra.
  Sem contar que possivelmente estarei financiando comportamentos abomináveis como paternidade irresponsável e outras tradições nefastas...

 "Ela é linda e bem sucedida, mas traz no corpo profundas cicatrizes.
  Waris Dirie, 45 anos, é uma ex-modelo nascida na Somália, que aos cinco anos de idade sofreu a mutilação genital feminina, isto é, teve o clitóris amputado, prática realizada em vários países principalmente da África e da Ásia, que consiste na mutilação da mulher de modo a que esta não possa sentir prazer durante o ato sexual."

  


  


.


.




Nenhum comentário: