terça-feira, 13 de maio de 2014

Jornal Nacional

   Faz algum tempo parei de gravar o Jornal Nacional.
  Estava conversando com minha esposa o JN começou dei uma olhada, lembrei porque parei de assisti-lo.
  Está bem entediante.
  Vejam o exemplo:

  “Em um hospital de Belém com excesso de lotação uma mulher de 16 anos grávida de gêmeos não foi atendida adequadamente e os bebês nasceram mortos.”

  A Globo é uma grande empresa, Belém é a capital de um Estado…sei lá, quais são as probabilidades de que a Globo não disponha de um repórter próximo ao local?

  Riam ou chorem o que vem a seguir é tragicômico.



  As câmeras são ligadas em um aeroporto do Rio de Janeiro, as imagens colocadas no ar pelo JN são as de um repórter se preparando para entrar no avião e ir fazer a reportagem lá em Belém!

  Ao invés do JN ficar indignado com o atendimento prestado a grávida, poderia pegar o dinheiro gasto no INÚTIL uso do jatinho para ajudar aquela instituição que visivelmente está trabalhando muito acima de sua capacidade.
  Os funcionários do hospital estão sendo transformados em vilões, será que merecem?
  Por favor, não estou dizendo que o JN tem alguma obrigação de ajudar o hospital.
  Os paraenses pagam seus impostos e mereciam hospitais melhores, mas se o JN vai jogar o dinheiro fora e poluir o meio ambiente com um voo inútil, poderia ao menos utilizar o tempo na TV e o dinheiro em algo mais proveitoso, a caridade faria mais sentido.

  Não resisti a curiosidade e no outro dia, quando todos os jornais das outra emissoras já tinham falado tudo sobre o caso o repórter do JN chega em Belém.
  Dá para perceber nos detalhes que quem fez a reportagem foi a EQUIPE LOCAL.
  O repórter do jatinho só ficou como porta voz, é um repórter sério e deve ter ficado em uma situação constrangedora, mas o diretor do jornal teve esta ideia “fanstárdica”, fazer o que, o chefe manda.

  É incrível também o tempo que o JN dedica a análises detalhadas das Bolsas de Valores como se o grosso de nossa população entendesse alguma coisa sobre isso.

  A gota d’água que me fez parar de gravar o jornal foi certa vez que ficaram 3 dias falando sobre uma baleia encalhada, haja paciência!
  E não era uma nota rápida, eram pelo menos 5 minutos de matéria com entrevistados e imagens repetitivas.
  A baleia morreu.

  O JN tem tanto ibope porque virou TRADIÇÃO, como não me prendo a essas coisas comecei a gravar o jornal da Bandeirantes.

  Apesar de tudo desejo boa sorte ao JN, que reencontrem seus melhores dias.








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